SURTO DE SARAMPO


Introdução

Conforme a Organização Mundial da Saúde, foi informado que 364.808 casos de sarampo foram notificados de janeiro a julho de 2019, em 181 países. O número é quase três vezes maior do que o do mesmo período de 2018 – na ocasião, foram 129 239 infecções.
A África foi o continente com maior aumento de casos, que foi 900% a mais que o ano anterior.

Causas


A falta de reforço da vacina contra sarampo no início da vida adulta contribuiu para o atual surto da doença em São Paulo . Segundo o virologista Edison Luiz Durigon, professor do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP), a queda de imunização, e a baixa nos anticorpos  que protegem contra a doença, deixaram parte da população vulnerável depois que o vírus foi reintroduzido no país, no ano passado. Hoje, circula no Brasil um subgenotipo do vírus do sarampo, uma mutação conhecida como D-8, que vem principalmente da Europa e de Israel. O vírus do sarampo tem oito subtipos, de A a H, que é o distanciamento genético dessas cepas, e que também se dividem em subgenotipos, caso do vírus circulante hoje no Brasil, o D-8. O virologista recebe em seu laboratório amostras de sangue, urina e saliva de pacientes com suspeita de sarampo para análise e, se for o caso, para diagnóstico da doença. As amostras vêm de vários hospitais de São Paulo, principalmente pediátricos.


Solução

O programa nacional de imunização orienta a vacinação da tríplice viral (que protege contra sarampo, rubéola e caxumba) aos 12 meses (primeira dose) e aos 15 meses de idade (a segunda). No cenário de surto, porém, a orientação de autoridades da saúde é que haja um reforço da imunização no início da vida adulta.  O sarampo é uma doença infecciosa altamente contagiosa , transmitida por via respiratória. Seu período de incubação, aquele em que a pessoa não apresenta sinais nem sintomas, é de cerca de dez dias. Uma pessoa infectada pode transmitir o vírus mesmo antes do aparecimento das manchas vermelhas , o sintoma mais visível. 


Quem foi infectado com o vírus do sarampo alguma vez na vida já desenvolveu anticorpos contra ele e, assim, não pode pegar a doença de novo. Assim, essas pessoas não precisariam se vacinar contra a infecção. Para ter certeza que os estragos foram mesmo causados pelo sarampo, só fazendo um exame de sangue específico. Mas não acredite que isso é motivo para não se vacinar. Até porque, enquanto a injeção não costuma trazer reações adversas – e, se elas surgem, são leves na maioria das vezes – o vírus em si já foi uma das maiores causa de mortalidade infantil no mundo (justamente em uma época em que não havia vacina).

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