EVIDÊNCIAS EVOLUTIVAS


Introdução:

A primeira evidência refere-se aos registros fósseis, sendo uma prova consistente de que nosso planeta já abrigou espécies diferentes das que existem hoje. Esses registros são uma forte evidência da evolução porque podem nos fornecer indícios de parentesco entre estes e os seres viventes atuais ao observarmos, em muitos casos, uma modificação contínua das espécies.

A adaptação, capacidade do ser vivo em se ajustar ao ambiente, pode ser outra evidência, uma vez que, por seleção natural, indivíduos portadores de determinadas características vantajosas - como a coloração parecida com a de seu substrato - possuem mais chances de sobreviver e transmitir a seus descendentes tais características. Assim, ao longo das gerações, determinadas características vão se modificando, tornando cada vez mais eficientes. Como exemplos de adaptação por seleção natural temos a camuflagem e o mimetismo.


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 Analogia e Homologia:


As analogias e homologias também podem ser consideradas como provas da evolução baseadas em aspectos morfológicos e funcionais, uma vez que o estudo comparativo da anatomia dos organismos mostra a existência de um padrão fundamental similar na estrutura dos sistemas de órgãos.

Estruturas análogas desempenham a mesma função, mas possuem origens diferenciadas, como as asas de insetos e asas de aves. Estas, apesar de exercerem papéis semelhantes, não são derivadas das mesmas estruturas presentes em um ancestral comum exclusivo entre essas duas espécies. Assim, a adaptação evolutiva a modos de vida semelhantes leva organismos pouco aparentados a desenvolverem formas semelhantes, fenômeno este chamado de evolução convergente.

Homologia se refere a estruturas corporais ou órgãos que possuem origem embrionária semelhante, podendo desempenhar mesma função (nadadeira de uma baleia e nadadeira de um golfinho) ou funções diferentes, como as asas de um morcego e os braços de um humano, e nadadeiras peitorais de um golfinho e as asas de uma ave. Essa adaptação a modos de vida distintos é denominada evolução divergente.  


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 Órgãos Vestigiais:


Órgãos vestigiais são aqueles que se encontram reduzidos e/ou sem função aparente no organismo em que se encontram. Por homologia com órgãos de outras espécies, é possível inferir em muitos casos a função que foi exercida no passado por estes órgãos na linhagem do organismo em questão. 

Nos seres vivos:
  • Resquícios de ossos e tecidos de meros em serpentes e lagartos ápodos, que podem ser em algumas espécies observados externamente, como é o caso de um dedo rente ao corpo de algumas cobras próximo à região da cloaca.
  • Asas sem capacidade de vôo ou qualquer outra função essencial à sobrevivência em diversas formas de insetos, por exemplo em percevejos de cama. 
  • Ossos de membros posteriores internos em baleias. 

Nos seres humanos:
  • Dentes do siso são órgãos vestigiais com crescimento tardio que além de não terem função podem trazer diversas complicações à dentição.
  • Músculos extrínsecos do pavilhão auricular, que permitem a algumas pessoas moverem suas orelhas.
  • Costelas do pescoço, um conjunto de costelas cervicais, possivelmente restos da idade dos répteis, ainda aparece em menos de 1% da população.
  • Membrana nictitante. Um ancestral comum às aves e os mamíferos tinha uma membrana para proteger o olho e varrer os resíduos para o exterior. Humanos conservam só um pequena prega no canto interior do olho. 

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 Evidência Molecular:


Os recentes avanços da Biologia Molecular têm permitido comparar diretamente a estrutura genética de diferentes espécies, através da comparação das sequências de nucleotídeos presentes nas moléculas de DNA. 


Os resultados das análises bioquímicas têm confirmado as estimativas de parentesco entre espécies obtidas por meio do estudo de fósseis e anatomia comparada. Isso reforça ainda mais a teoria de que os seres vivos atuais resultam da evolução de seres vivos que viveram no passado, estando todos os seres vivos relacionados por graus de parentescos mais ou menos distantes.

Na polêmica apresentação de seu trabalho a respeito do processo de seleção natural e da origem das espécies, Darwin foi acusado de defender a tese de que o homem descendeu dos macacos. Darwin nunca afirmou isso. O que ele procurava esclarecer era o fato de que todas as espécies viventes, inclusive a humana, teriam surgido por meio de um longo processo de evolução a partir de seres que o antecederam. Nesse sentido, homens e chipanzés, que tiveram um ancestral comum, seriam “primos em primeiro grau”, fato que provocou a ira de muitos oponentes de Darwin. 


Um grupo de cientistas etíopes e japoneses encontrou restos fossilizados, na verdade oito dentes; de uma nova espécie de macaco – batizada com o nome Chororapithecus abyssinicus (ou macaco abissínico de Chorora) – que viveu a cerca de 10 milhões de anos e está sendo considerado o mais velho parente dos gorilas.
 Explicando melhor: até agora, os cientistas acreditavam que os gorilas, ao longo da evolução, tivessem se separado dos chimpanzés bem mais tarde. E, depois disso, teria havido a separação das linhagens que originaram os chimpanzés e os hominídeos (família a que pertence a espécie humana). 

Agora, com essa nova descoberta, tudo leva a crer que a origem do homem é mais antiga, cerca de 9 milhões de anos. E, para completar, essa descoberta é um forte apoio da origem africana tanto dos humanos quanto dos grandes macacos modernos.



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